Argentino admite ter agido mal ao cuspir em Brambila, do Toluca, e dirigentes do Tricolor fazem análise jurídica para atenuar punição que pode tirá-lo da Libertadores
O atacante Centurión, do São Paulo, corre o risco de perder o restante da Taça Libertadores pela expulsão na derrota por 3 a 1 para o Toluca, no México. A cusparada em Brambila, aos 46 minutos do segundo tempo, poderá render gancho de no mínimo seis jogos, de acordo com o artigo 10 do regulamento da Conmebol. No desembarque nesta quinta-feira, no Aeroporto de Guarulhos, após a classificação para as quartas de final, o argentino mostrou arrependimento.
– Puxaram minha orelha no vestiário um pouquinho, mas já falei com ele (Edgardo Bauza) e com o grupo. Está tudo bem. Acho que o árbitro (Wilson Lamouroux) vai saber o que fazer. Não queria ter feito isso, mas aconteceu. O São Paulo vai saber como resolver. Nunca aconteceu isso comigo, só fui expulso uma vez na Sul-Americana pelo Racing, mas desta forma nunca. Levei uma pancada embaixo, levantei e fiz isso. Estou muito mal por ter agido assim – disse Centurión.
Nos bastidores, o São Paulo analisa se há atenuantes para defender o argentino no Tribunal Disciplinar da Conmebol. O clube vai analisar casos em que a Conmebol não foi tão rigorosa para usar como argumentação favorável. Paralelamente a isso, os dirigentes prometem conversar com Centurión sobre a atitude.

– Vamos avaliar. O fato é que pode comprometer a participação de um jogador que se tornou ainda mais importante do que já era (fez dois gols na goleada por 4 a 0 sobre o Toluca, no Morumbi). Vamos fazer todos os esforços dentro do que é possível. Verificar ver com os advogados especialistas e analisar as imagens. Depois, vamos conversar com ele para ter um plano interno, que é muito importante nesses casos – disse o diretor-executivo Gustavo Vieira de Oliveira.
– Analisaremos se há alguma atenuante no comportamento do jogador. Isso é algo que não nos agrada, porque o São Paulo é um clube que procura impor respeito para ser respeitado. Vamos ver para depois fazer um juízo – afirmou o diretor de futebol Luiz Cunha.
No caso de Calleri, expulso no empate por 1 a 1 contra o The Strongest, o São Paulo tentou efeito suspensivo para anular o gancho automático, mas não obteve sucesso. O atacante cumpriu um jogo de pena, na partida de ida das oitavas de final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário